Funções Sobrejetoras, Mas Não Injetoras: Exemplo De Função N N Sobrejetora Mas Não Seja Injetora
Exemplo De Função N N Sobrejetora Mas Não Seja Injetora – Este tópico explora a natureza fascinante das funções sobrejetoras que não são injetoras. Vamos desvendar seus conceitos fundamentais, analisar exemplos práticos, e explorar suas propriedades e aplicações em diversos campos, como computação e estatística.
Definição e Conceitos Fundamentais
Compreender a diferença entre funções injetoras e sobrejetoras é crucial para dominar este conceito. Vamos definir cada uma e comparar suas características.
- Função Sobrejetora: Uma função f: A → B é sobrejetora (ou sobrejetiva) se, e somente se, para todo elemento y ∈ B, existe pelo menos um elemento x ∈ A tal que f(x) = y. Em outras palavras, todos os elementos do contradomínio são “atingidos” pela função.
- Função Injetora: Uma função f: A → B é injetora (ou injetiva) se, e somente se, elementos distintos do domínio são mapeados em elementos distintos do contradomínio. Formalmente: se x₁ ≠ x₂, então f(x₁) ≠ f(x₂).
- Diferença entre Funções Injetoras e Sobrejetoras: Uma função injetora garante que cada elemento do domínio tenha uma imagem única no contradomínio. Já uma função sobrejetora garante que todos os elementos do contradomínio sejam imagens de pelo menos um elemento do domínio. Uma função pode ser injetora sem ser sobrejetora, sobrejetora sem ser injetora, ou ambas (bijetora).
- Comparação entre Função Bijetora e Função Sobrejetora, mas Não Injetora: Uma função bijetora é tanto injetora quanto sobrejetora. Uma função sobrejetora, mas não injetora, possui a propriedade de atingir todos os elementos do contradomínio, mas pelo menos dois elementos do domínio são mapeados para o mesmo elemento do contradomínio.
- Exemplo de Função Sobrejetora, mas Não Injetora: Considere a função f: ℤ → 0, 1 definida por f(x) = x mod 2. Esta função mapeia cada inteiro para seu resto na divisão por 2 (0 para números pares e 1 para números ímpares). É sobrejetora pois todos os elementos do contradomínio (0, 1) são atingidos, mas não é injetora, pois infinitos inteiros são mapeados para 0 e infinitos para 1.
x (Domínio) | f(x) (Contradomínio) | x (Domínio) | f(x) (Contradomínio) |
---|---|---|---|
0 | 0 | 2 | 0 |
1 | 1 | 3 | 1 |
-1 | 1 | -2 | 0 |
4 | 0 | 5 | 1 |
Exemplos Práticos de Funções Sobrejetoras Não Injetoras

Vamos explorar exemplos concretos para solidificar a compreensão deste tipo de função.
- Exemplo 1 (Inteiros): f: ℤ → 0, 1 definida por f(x) = |x| mod
2. Esta função mapeia cada inteiro para o resto do valor absoluto do inteiro quando dividido por
2. Gráfico: Imagine dois pontos no eixo y, 0 e 1. Infinitas linhas verticais (representando os inteiros) se conectam a cada um desses pontos, ilustrando a não injetividade.A sobrejetividade é evidente pois ambos os pontos são atingidos.
- Exemplo 2 (Reais): f: ℝ → [-1, 1] definida por f(x) = sen(x). A função seno oscila entre -1 e
1. Gráfico: A curva senoidal demonstra a sobrejetividade (atinge todos os valores entre -1 e 1), mas não a injetividade (muitos valores de x geram o mesmo valor de sen(x)). - Exemplo 3 (Reais): f:ℝ→[0,∞) definida por f(x) = x². O gráfico é uma parábola que abre para cima. Todos os números reais não negativos são atingidos (sobrejetividade), mas números positivos e negativos são mapeados para o mesmo valor (não injetividade).
Situação Real: A atribuição de notas em uma prova onde várias pontuações diferentes podem resultar na mesma nota final (ex: acima de 90 = A) modela uma função sobrejetora, mas não injetora.
Função | Domínio | Contradomínio | Descrição |
---|---|---|---|
f(x) = |x| mod 2 | ℤ | 0, 1 | Resto do valor absoluto na divisão por 2 |
f(x) = sen(x) | ℝ | [-1, 1] | Função seno |
f(x) = x² | ℝ | [0, ∞) | Função quadrática |
Propriedades e Características

As funções sobrejetoras, mas não injetoras, possuem propriedades específicas que as distinguem.
- Propriedades: A principal propriedade é a sobrejetividade, garantindo que todo elemento do contradomínio seja imagem de pelo menos um elemento do domínio. A ausência de injetividade indica a existência de múltiplas pré-imagens para pelo menos um elemento do contradomínio.
- Implicações em Contextos Matemáticos: Em álgebra abstrata, a sobrejetividade indica a existência de uma função inversa à direita, enquanto a falta de injetividade impede a existência de uma inversa à esquerda. Em análise, a sobrejetividade pode indicar a cobertura completa de um intervalo no contradomínio.
- Restrição do Domínio para Torná-la Injetora: É possível, em alguns casos, restringir o domínio de uma função sobrejetora, mas não injetora, para torná-la injetora. Por exemplo, para f(x) = x², podemos restringir o domínio a [0, ∞) para obter uma função injetora.
- Verificação Algébrica: Para verificar se uma função é sobrejetora, mas não injetora, é necessário demonstrar que todo elemento do contradomínio possui pelo menos uma pré-imagem e que pelo menos dois elementos do domínio possuem a mesma imagem.
Aplicações e Contexto, Exemplo De Função N N Sobrejetora Mas Não Seja Injetora
Funções sobrejetoras, mas não injetoras, encontram aplicações em diversas áreas.
- Computação: Em algoritmos de hashing, onde diferentes entradas podem ser mapeadas para o mesmo valor hash (colisão), temos uma função sobrejetora, mas não injetora.
- Estatística/Probabilidade: Distribuições de probabilidade discretas podem ser modeladas por funções sobrejetoras, mas não injetoras, onde diferentes eventos podem resultar no mesmo resultado (ex: lançamento de dois dados, onde diferentes combinações podem resultar na mesma soma).
- Influência na Resolução de Problemas: A sobrejetividade garante a existência de soluções, enquanto a não injetividade indica que pode haver múltiplas soluções para um mesmo problema.
- Exemplo de Problema: Encontre todos os inteiros x tais que x² =
4. Solução:- A equação é x² = 4.
- Tirando a raiz quadrada, temos x = ±2.
- Portanto, as soluções são x = 2 e x = -2.
- Esta situação demonstra uma função (f(x) = x²) que é sobrejetora em 4 (apenas o 4 está no contradomínio), mas não injetora, pois dois valores de x (2 e -2) geram a mesma imagem (4).
Como posso saber se uma função é sobrejetora?
Uma função é sobrejetora se, para cada elemento no contradomínio, existir pelo menos um elemento no domínio que seja mapeado para ele.
Qual a importância prática das funções sobrejetoras não injetoras?
Elas são úteis em situações onde não é necessário um mapeamento único, mas sim garantir que todos os elementos do contradomínio sejam alcançados. Exemplos incluem alocação de recursos ou classificação de dados.
Existe um método algébrico para determinar se uma função é sobrejetora não injetora?
Sim, pode-se analisar a imagem da função e verificar se ela coincide com o contradomínio. Se sim, a função é sobrejetora. Para verificar se não é injetora, procure por elementos distintos no domínio que mapeiem para o mesmo elemento no contradomínio.