Concordância Verbal e Locução Verbal Exemplos e Sujeito

Concordância Verbal e Locução Verbal em Português: Concordancia Verbal E Locucao Verbal Com O Sujeito Com Exemplo

Concordancia Verbal E Locucao Verbal Com O Sujeito Com Exemplo – A concordância verbal, um pilar fundamental da gramática portuguesa, estabelece a harmonia entre o verbo e seu sujeito. Compreender suas regras e exceções é crucial para uma escrita precisa e eficaz. Este texto explora a concordância verbal em suas diversas nuances, incluindo a concordância com sujeito simples e composto, locuções verbais, casos especiais e concordância com pronomes relativos e nomes próprios.

A clareza e precisão na concordância verbal elevam a qualidade da comunicação escrita, transmitindo mensagens com maior impacto e credibilidade.

Conceito de Concordância Verbal

A regra geral da concordância verbal em português dita que o verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito da oração. Em outras palavras, se o sujeito é singular, o verbo também deve ser singular; se o sujeito é plural, o verbo deve ser plural. Essa concordância é essencial para a clareza e correção gramatical. No entanto, existem exceções e particularidades que exigem atenção.

Com sujeito simples, a concordância normalmente segue a regra básica: verbo singular para sujeito singular, verbo plural para sujeito plural. Exemplos como “O gato mia” ou “Os gatos miam” ilustram essa regra. Porém, existem casos que fogem à regra, como os verbos impessoais, que permanecem na terceira pessoa do singular, independentemente do sujeito.

Exceções à regra geral incluem a concordância com sujeito coletivo (que pode concordar no singular ou plural dependendo do contexto), expressões partitivas (onde o verbo pode concordar com o núcleo da expressão ou com o todo), e casos com o pronome “se” (apassivador ou índice de indeterminação do sujeito).

Concordância Verbal com Sujeito Composto

A concordância verbal com sujeito composto apresenta algumas variações dependendo da posição do sujeito em relação ao verbo. Quando o sujeito composto antecede o verbo, este normalmente concorda com o sujeito no plural. No entanto, quando o sujeito composto é posposto ao verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos do sujeito, no plural.

A concordância com sujeito composto formado por pessoas gramaticais diferentes segue uma lógica específica. O verbo, neste caso, geralmente se flexiona na primeira pessoa do plural se houver a primeira pessoa incluída; caso contrário, o verbo se flexiona na segunda pessoa do plural. A concordância com sujeito composto ligado por conjunções aditivas (“e”, “nem”) é normalmente no plural, enquanto com conjunções alternativas (“ou”, “ou…ou”, “seja…seja”) o verbo concorda com o núcleo mais próximo.

• Sujeito composto anteposto: “O pai e o filho trabalham juntos.”
• Sujeito composto posposto: “Trabalham juntos o pai e o filho.” ou “Trabalha juntos o pai e o filho.”
• Pessoas gramaticais diferentes: “Eu e você iremos ao cinema.” (1ª pessoa plural prevalece)
• Conjunção aditiva: “Maria e João estudaram muito para a prova.”
• Conjunção alternativa: “João ou Maria ganhará o prêmio.” (concordância com o núcleo mais próximo)

Locução Verbal e Concordância

As locuções verbais, formadas por um verbo auxiliar e um verbo principal, seguem regras específicas de concordância. O verbo auxiliar concorda com o sujeito da oração, enquanto o verbo principal geralmente permanece na sua forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Existem nuances quando o verbo auxiliar é impessoal, mantendo-se na terceira pessoa do singular, independentemente do sujeito.

A concordância em locuções verbais requer atenção aos verbos auxiliares. Verbos auxiliares impessoais, como “haver” no sentido de existir, permanecem invariáveis.

“Deve haver muitos candidatos.”

“Começaram a chegar os convidados.”

“Ele tinha ido ao cinema.”

Casos Especiais de Concordância Verbal

Alguns casos de concordância verbal exigem atenção especial. A concordância com sujeito coletivo pode variar: o verbo pode concordar com o coletivo no singular ou com os elementos do coletivo no plural. Expressões partitivas (“a maioria de”, “uma parte de”, etc.) permitem a concordância com o núcleo da expressão ou com o todo. O pronome “se” apassivador exige concordância com o sujeito paciente, enquanto o “se” índice de indeterminação do sujeito mantém o verbo na terceira pessoa do singular.

Concordância Verbal com Pronomes Relativos

A concordância verbal com pronomes relativos segue a regra básica: o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo. O pronome “que” exige concordância com o antecedente, enquanto pronomes como “quem”, “o qual”, “a qual” etc., geralmente levam o verbo para a terceira pessoa do singular ou plural, dependendo do contexto.

• Pronome “que”: “O livro que eu li é interessante.”
• Pronome “quem”: “Fui eu quem fez o bolo.”
• Pronome “o qual”: “A casa, a qual eu visitei, é linda.”

Concordância Verbal com Nomes Próprios, Concordancia Verbal E Locucao Verbal Com O Sujeito Com Exemplo

A concordância verbal com nomes próprios no plural segue a regra geral: o verbo concorda com o sujeito no plural. Nomes próprios que designam obras literárias ou artísticas, bem como nomes próprios de lugares, também seguem essa regra, embora possam apresentar variações de acordo com o contexto.

Compreender a concordância verbal e o funcionamento das locuções verbais é crucial para uma escrita impecável e uma comunicação eficaz. Dominar esses conceitos não se limita a seguir regras gramaticais; trata-se de entender a lógica da língua e utilizar o idioma com precisão e elegância. Após explorarmos os diversos exemplos e nuances da concordância verbal, desde sujeitos simples até estruturas mais complexas, esperamos que você se sinta mais confiante e seguro para aplicar esses conhecimentos em suas comunicações escritas e faladas.

Lembre-se: a prática constante é fundamental para a internalização dessas regras e o desenvolvimento de uma escrita fluente e impecável. Bons estudos!